3.12.11

Melhor ainda



E soube mesmo bem, aquele exagero de tempo enrolada num cobertor e numa capa, gelada ainda assim, psicologicamente. A cabeça estava louca, qualquer cor nova, qualquer som, qualquer mudança brusca fazia doer, quase insuportavelmente, fazia doer quase de uma maneira linda. Não podia nem queria parar de tremer, de frio, de nervos, das visões. Não queria porque só absorvendo tudo possível podia talvez sentir isso, sentir o que nos faz caminhar. Os pequenos de uma vida, que juntos fazem um grande que nos torna realmente preenchidos. Era violento para mim, mas estranhamente familiar, estranho, de um passado algures esquecido. Não se evita assim, é melhor ainda. Melhor. 

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