12.9.11

Chorar, naquela noite estranha.

Desculpa, menti-te. Naquela noite não estava a chorar por causa do fumo do tabaco muito menos pela fraca luz que se fazia sentir no bar (daí a minha falsa necessidade de vir cá fora, atender uma chamada).
Foi tudo um rebuliço de emoções.
A primeira e talvez a menos importante foi a Raiva. Ele não parava de me mandar sms do tipo "MyLove", tão típicas dele, tão cheias de duras recordações.
A outra emoção foi a Saudade. Esta eu conheço bem. Saudades de uma noite como aquela. Saudades daqueles olhares trocados no meio de Shots e poucas palavras, quase nenhumas.
Mas depois tudo se complicou. Mais uma vez é triste não puder beber e por isso acabei por dar mais atenção ao meu telemóvel do que aos vossos copos vazios. Então recebi algo extraordinário, uma proposta. Algo tão especial que me fez despertar muita atenção. Mais um olhar ou outro. As coisas desenvolveram-se e então vieram as lágrimas. Não as contive. Foi como se voltasse a sentir tudo de outra noite passada, outra noite que jamais esquecerei. Uma noite especial! Tive de vir cá para fora. Queria aceder à proposta mas não tive oportunidade. Sentei-me naquele degrau, não sei se te lembras mas disse "Lá dentro o fumo do tabaco está-me a fazer chorar". 
Sabes que tive de ir embora. Mas ia embebida naquela recordação, naquela vontade. Eu tinha de ir lá, eu queria sentir algo real outra vez!
Ofereceste-te para me levares ao carro. Eles vieram todos a traz. Não me saía da cabeça aquilo. Eu queria saber o que era, o que me poderia reservar uma noite tão raquitica como aquela estava a ser.
Mas ia ser impossível. Então voltei a entrar naquele estado apático. Não queria abraços, nem carinhos, nem companhia. Queria a minha proposta. Queria ouvir algumas palavras. Queria saber tudo.
Desculpa se fui bruta.
Não deveria ter sido, pois quando cheguei a casa, tive uma agradável surpresa...

Choro imenso, mas não é por ter os olhos sensíveis. Dois beijos inesquecíveis. E um odor a álcool quase Insuportável. 

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