Era de noite... Lembras-te das horas? Não sei, seria perto da meia noite quando te liguei aflita.
Não sabia a quem mais ligar. Eras o único. Estavas "lá" e sabias que ele não estava.
Ouvir a tua voz foi um abrigo, um ponto seguro. Contaste-me historias (do teu pai, do teu irmão, da tua vida), ouviste-me, compreendeste-me, aconselhaste-me. Mesmo longe fisicamente senti um abraço teu e naquele momento foi o essencial para me manter estável, a espera do resto da noite.
"Eu peço a minha mãe para te ir buscar." Não, a sério. eu era quase uma estranha para ti, mas ofereceste-me ajuda, uma solução.
"Não é preciso obrigada, eu amanha arranjo maneira de ir para casa" disse eu.
"Ok, mas se precisares diz" e insistis-te comigo, naquela noite não me abandonas-te...
Até hoje continuas aqui. E sei que posso voltar a enfiar-me naquele buraco horrível porque tu vais estar sempre lá para me ajudares a sair.
Obrigada PêPê

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